Não há nada como ir para Porto Santo para passar umas ferias à português. 
Acordo, como o pequeno-almoço feito por uma pessoa qualquer, vou dormir para a praia, almoço umas paparocas mais ou menos boas, faço a sesta, vou para a praia e acabo por adormecer outra vez, janto uma comida esquesita que gostam de chamar de "tradicional" e vou dormir porque o dia foi estafante. Digam lá se não são umas belas férias?!
Mas estas férias em Porto Santo têm mais que se lhe diga. Comecemos pelo principio.
A minha primeira vigagem de avião. Duas horas à seca para entrar num rectângulo cheio de cadeiras e comida intragavel. Aquelas sandes eram mesmo, mesmo, mesmo más. 
Uma hora e quinze minutos depois cheguei à Madeira. Uma viagem suicida com um taxista maluco depois e estava a papar umas espetadas enormes com montes de pão de alho a acompanhar! Uma delicia. Deu para compensar a pobreza de lanchinho que nos serviram no avião. 
Mas la tive de voltar para o aeroporto porque o avião para Porto Santo tinha de ser apanhado. Mas aquilo não era um avião.. Era mais uma avioneta. Barulhenta e mal cheirosa, fez-me lembrar a minha avó do Alentejo. Mas as semelhanças com o Alentejo não acabam aqui.
Depois de uma viagem de uns terriveis 20 minutos cheguei a Porto Santo. Que vi eu? uam praia, uma velazeca, montes de montanhas, o meu hotelzinho, e o Pestana. 
Não há nada como o Pestana para nos sentirmos as pessoas mais pobres do mundo. Aquilo é simplesmente de ficar a babar e a sonhar... Fez com que o meu hotelzinho encolhece de tanta vergonha. Tipo a ervilha feia ao pé da ervilha da Iglo. 
Naquela ilhota era só velhotes e crianças. Pareceu que todos os vôvos queiseram levar os netinhos a conhecer Porto Santo ao mesmo tempo. Logo foram 8 dias de solidão com os meus pais, o que foi uma esperiência um tanto ou quanto dolorosa. 
O meu primeiro dia de férias começou com uma dor de dentes terrivel, e o ultimo com os meus oculos a desaparecerem na praia. Mal me estava a vir embora aparece um Leonardo DiCaprio. Porque é que nao veio uma semana mais cedo? As férias podiam ter sido tãão mais interessantes.. 
Então e qual é a moral da história?
Evitar voltar a Porto Santo. 
 
 
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